um dia Jesus me encontrou, perdida , me deu a mão me levantou,sarou todas as feridas,me amou como eu estava como era com erros,falhas e imperfeições e a cada dia tem me ensinado a ter uma vida de prazer ao seu lado,tenho prazer quando sou abençoada,mas o melhor de tudo é o fato de Deus ter me ensinado a continuar quanto tudo vai mau,quando sou exortada,é maravilhoso ver Deus agindo em nossas vidas e forjando nosso carater por isso digo prazerozamente andarei com Cristo,
sexta-feira, 28 de junho de 2013
ORDENAÇÃO FEMININA: 7 razões favoráveis a mulheres pastoras
Por Hermes C. Fernandes
Aproveitando o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, resolvi escrever um artigo sobre o tão polêmico tema. Respeitando os discordantes, quero expor aqui as razões pelas quais defendo a ordenação feminina, tanto ao presbiterato, quanto ao diaconato.
1 – Em Cristo acabam as distinções étnicas, sociais e sexistas
“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gálatas 3:28
Se Deus pode incluir judeus e gentios no ministério, por que não incluiria tanto homens quanto mulheres? Se vamos manter a distinção entre sexos, deveríamos também manter a distinção entre dias, meses, anos, entre judeus e gentios, entre animais limpos e impuros, etc.
2 – A atividade pastoral é, antes de tudo, um dom – O argumento usado por Pedro para justificar a inclusão dos gentios na igreja foi o dom do Espírito que lhes fora concedido da mesma maneira como aos judeus. Como os apóstolos poderiam impedir a sua inclusão? Semelhantemente, a igreja deve reconhecer o dom pastoral que tem sido concedido a indivíduos do sexo feminino. Ordenar nada mais é do que reconhecer o dom. Negar-se a reconhecer o dom conferido por Deus é o mesmo que resistir a Deus. Confira:
“Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus? E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” Atos 11:17-18
Se os líderes atuais reconhecessem o dom pastoral que Deus tem concedido à mulheres, toda discussão cessaria. Alguns, mesmo reconhecendo do dom, negam o título. Algumas denominações preferem chamá-las de ‘missionárias’, ‘doutoras’, mas jamais ‘pastoras’. Chega a ser ridículo. Em contrapartida, encontramos muitos homens que ostentam o título sem jamais terem sido vocacionados para o desempenho do pastorado. Patético e lamentável.
3 – O Dom de Profecia é dado tanto a homens quanto a mulheres
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.”
Joel 2:28-29
De acordo com o discurso de Pedro no dia de Pentecostes, tal profecia cumpriu-se cabalmente quando o Espírito foi profusamente derramado sobre os 120 discípulos reunidos no cenáculo. Ora, se as mulheres devem manter-se caladas na igreja, conforme interpretam alguns a instrução paulina, logo, como elas poderiam profetizar? Por linguagem de sinais? rs Lemos em Atos 21:8-9 que Filipe, um dos sete diáconos originais, também reconhecido como evangelista, tinha quatro filhas que profetizavam. E o que seria “profetizar” dentro do contexto neotestamentário? Paulo responde: “o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação” (1 Coríntios 14:3). Os mesmos que se manifestam contrários à ordenação feminina dizem que o exercício do dom de profecia está ligado à atividade pastoral . O pastor é o profeta da igreja. Através da pregação, ele edifica, exorta e consola. Ora, ora… Seguindo a mesma linha de raciocínio, uma mulher que tenha recebido de Deus tal dom, estaria habilitada pelo Espírito a exercer o ministério pastoral.
4 – O sacerdócio universal dos crentes
Alguém poderá argumentar que embora encontremos profetizas nas Escrituras, jamais encontramos sacerdotisas. Mas peraí… Cristo não substitiu o sacerdócio levítico por um eterno, onde todos somos igualmente sacerdotes?
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (…) Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”
1 Pedro 2:5,9
Eis um dos pilares da reforma protestante. Todos os crentes são sacerdotes, sem importar seu gênero. Manter a distinção entre clero e leigos é um ranço indesejável que herdamos do romanismo. E como sacerdotes, temos duas atribuições: a) oferecer sacrifícios espirituais a Deus b) anunciar as virtudes d’Aquele que nos chamou das trevas para a luz. Homens e mulheres estão igualmente incumbidos disso. Ora, por que razão deveríamos privar mulheres de celebrar os sacramentos/ordenanças (Leia-se Ceia e Batismo)? Conheço denominações em que as mulheres podem ensinar, pregar, trabalhar na secretaria, evangelizar, mas não podem celebrar a ceia ou o batismo. Isso não faz o menor sentido. Quem está habilitado a anunciar as virtudes do Deus vivo e a oferecer sacrifícios espirituais também está habilitado a partir o pão e batizar. Questão de coerência. O problema é que os homens não querem abrir mão da proeminência. Durante a celebração da primeira eucaristia, Jesus despiu-Se diante dos discípulos, cingiu-se de uma toalha e lavou-lhes os pés. Alguns entendem que o lava-pés seria uma cerimônia complementar da Ceia do Senhor. Mesmo que não encaremos como uma ordenança, não podemos fazer vista grossa ao fato de que foi durante a Ceia que Ele nos deu tal exemplo. Escrevendo a Timóteo, Paulo diz que antes de inscrever uma viúva para ser socorrida pela igreja, dever-se-ia verificar se a mesma praticou toda a boa obra, inclusive lavar os pés aos santos (1 Tm.5:10). À esta altura, o lavar os pés dos irmãos havia se tornado numa prática constante na igreja. Jesus deixara o exemplo aos Seus discípulos homens, porém, mesmo as mulheres a observavam. Isso fazia parte da diaconia, exercida tanto por homens quanto por mulheres.
5 – Foi a uma mulher que Jesus confiou o primeiro “ide” após Sua ressurreição
Jesus poderia ter aparecido primeiramente aos Seus discípulos homens, mas preferiu aparecer primeiro a uma mulher, a quem confiou Seu primeiro “ide” (Jo.20:17). É possível que os discípulos tenham se sentido desprestigiados por isso. - Por que a uma mulher, e não diretamente a nós? Talvez isso indicassse a importância que Jesus atribuia ao gênero feminino na difusão do Evangelho.
6 – Há evidências de que havia liderança feminina na igreja primitiva
Recomendo-lhes nossa irmã Febe, serva da igreja em Cencréia. Peço que a recebam no Senhor, de maneira digna dos santos, e lhe prestem a ajuda de que venha a necessitar; pois tem sido de grande auxílio para muita gente, inclusive para mim. Saúdem Priscila e Áqüila, meus colaboradores em Cristo Jesus. Arriscaram a vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos gentios. Saúdem também a igreja que se reúne na casa deles. Saúdem meu amado irmão Epêneto, que foi o primeiro convertido a Cristo na província da Ásia. Saúdem Maria, que trabalhou arduamente por vocês. Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes que estiveram na prisão comigo. São notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de mim.
Romanos 16:1-7
Quanta informação valiosa numa simples saudação! No texto original, Febe é chamada “diaconisa na igreja em Cencréia”. De acordo com o testemunho do autor patrístico Teodoreto de Ciro (393 – 466 d.C.), Febe era uma pregadora itinerante cuja fama correu o mundo todo. “Ela era conhecida não apenas entre os Gregos e Romanos, mas entre os bárbaros também”. E Febe não foi a única. Uma pedra tumular foi achada em 1903 no Monte de Oliveiras com esta inscrição: "Aqui jaz a serva e virgem noiva de Cristo, Sofia, a diaconisa, a segunda Febe". Isso demonstra que Febe tornou-se numa espécie de referência de liderança feminina na igreja primitiva.
Em sua recomendação, Paulo dá testemunho de que Febe teria sido de grande auxílio para muita gente, inclusive para ele mesmo. O texto original nos fornece uma compreensão um pouco mais acurada: "Porque ela tem sido indicada, realmente por minha própria ação, uma oficial presidindo sobre muitos."
O termo traduzido como “auxílio” é prostatis (Rom. 16:2). Esta palavra não é traduzida dessa maneira em nenhum outro lugar nas Escrituras gregas. Foi uma palavra comum e clássica que significava "padroeira ou protetora, uma mulher colocada por cima dos outros". É a forma feminina do substantivo masculino prostates, que significa "defensor" ou "guardião" quando se refere aos homens. Em 1 Timóteo 3:4-5,12 e 5:17, o verbo proistemi é usado a respeito das qualificações dos bispos e diáconos quando Paulo ordenou aos homens a "governarem" bem as suas casas, que incluiu cuidar das suas necessidades. O que foi que significou para homens, deve significar o mesmo para as mulheres. O que foi que estes bispos e diáconos fizeram para as suas casas, Febe fez para a igreja e Paulo. As posições foram idênticas.
Se nós recusarmos a admitir que Febe "governou", ou "liderou", ou foi uma "defensora", ou "guardiã", então nós precisamos rebaixar os diáconos para qualquer nível em que Febe estava ministrando. Se Febe só "auxiliou”, então é só isso que os diáconos fizeram. Seria muito inconsistente traduzir a palavra como "governador" quando se refere aos homens e "auxílio" quando se refere as mulheres.
Entre os que recebem a saudação paulina, destacam-se Priscila e Áquila, responsáveis por ensinar o Evangelho com mais precisão a Apolo, um dos mais eloquentes pregadores da época. Propositadamente, Paulo menciona Priscila antes de Áquila, o que poderia soar indelicado, para indicar sua importância ministerial. Um pouco mais adiante, Paulo nos revela dois personagens curiosos, a saber, Andrônico e Júnias, “notáveis entre os apóstolos”. Se, de fato, ambos, marido e mulher, eram considerados “apóstolos”, não sobre margem pra discutir sobre a legitimidade da liderança feminina na igreja primitiva.
7 – Porque está comprovado a capacidade feminina em exercer qualquer papel antes atribuído somente aos homens
Tenho sido testemunha do flagrante sucesso obtido por mulheres no exercício do ministério pastoral. Algumas obtiveram êxito onde homens falharam. Eu poderia citar vários casos do meu conhecimento. Depois de todas as conqusitas da mulheres na segunda metade do século XX pra cá, seria, no mínimo, anacrônico acreditar em sua incompetência para a liderança eclesiástica. Muito antes da revolução cultural, em tempos bíblicos elas já demonstravam suas habilidades como rainhas, juízas, profetizas, e, diga-se de passagem, até pastoras. Vide Ester, Débora, Ana e Raquel. Por que razão Deus as privaria do privilégio de serem instrumentos do Seu amor para cuidar do Seu rebanho particular?
retirado do blog Hermes C Fernandes!
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Estudo Biblico o Pentateuco.
O Pentateuco
A Bíblia é uma biblioteca de 66 livros escritos por 40 autores num
período de 1500 anos; não obstante, nela se desenvolve um único tema, que une
todas as partes, a redenção do homem.
O tema divide-se assim:
1. O Antigo Testamento: a preparação
do Redentor.
2. Os Evangelhos: a manifestação
do Redentor.
3. Os Atos: a proclamação da
mensagem do Redentor.
4. As Epístolas: a explicação da
obra do Redentor.
5. O Apocalipse: a
consumação da obra do Redentor
O Antigo Testamento divide-se de acordo com o seu conteúdo: O Pentateuco
ou lei: Gênesis a Deuteronômio 5 livros
História: Josué a
Ester 12 livros
Poesia: Jó a
Cantares 5 livros
Profecia Isaías a
Malaquias 17
livros
1.
2. Título:
O nome Pentateuco vem da Versão grega que remonta ao século III antes de
Cristo. Significa: "O livro em cinco volumes." Os judeus lhe chamavam "A lei" ou "A lei de Moisés", porque a legislação de Moisés constitui parte
importante do Pentateuco.
GÊNESIS
INTRODUÇÃO
1. Título: O nome Gênesis
vem da Septuaginta (Versão dos Setenta), antiga versão grega. Significa
"princípio", "origem" ou "nascimento". Os hebreus
lhe chamavam "No princípio", pois designavam os livros da lei de
acordo com sua primeira palavra ou frase.
2. Propósito: a) O livro do Gênesis é a
introdução à Bíblia toda. É o livro dos princípios, pois narra os começos da
criação, do homem, do pecado, da redenção e da raça eleita. Tem sido chamado de
"viveiro ou sementeiro da Bíblia" porque nele estão as sementes de
todas as grandes doutrinas.
b) O Gênesis narra como Deus estabeleceu para si um povo.
Relata a infância da humanidade, porém o autor não pretende apresentar a
história da raça toda; destaca apenas os personagens e sucessos que se
relacionam com o plano de redenção através da história. Traça a linhagem piedosa,
que transmite a promessa de 3:15.
. Podemos dizer, em síntese, que o Gênesis foi escrito
principalmente para relatar como o Senhor escolheu um povo que levaria a cabo
os propósitos divinos Chamou a Abraão, estabeleceu uma aliança com ele e
prometeu-lhe multiplicar sua descendência até convertê-la em uma nação, a qual
seria instalada em Canaã. Qual era o motivo divino ao fazer tudo isto? Que
Israel se constituísse em uma fonte de bênção para "todas as famílias da
terra" (12:3). Isto é, Deus abençoa um povo para que, depois, este seja o
veículo de bênção universal.
3. Assunto: O assunto
geral é "o princípio de todas as coisas". Porém à luz do tema da
Bíblia toda, seu tema é: DEUS COMEÇA A REDENÇÃO ESCOLHENDO UM POVO.
4. Conteúdo: O livro do
Gênesis abrange uma época muito longa; desde as primeiras origens das coisas
até ao estabelecimento de Israel no Egito. Divide-se em duas seções claramente
distintas: a história primitiva (1-11), que é como um "pátio
anterior" para a história da redenção, e a história patriarcal (12-50),
que evoca a figura dos grandes antepassados de Israel.
O esquema do livro é o seguinte: I. Introdução II. História primitiva
A. A criação (1—2)
B. A queda e suas conseqüências
(3—4)
C. O dilúvio (5—9)
D. A dispersão das nações (10—11)
III. História patriarcal
12—50
A. Abraão (12:1—25:18)
B. Isaque e Jacó (25:19—36:43)
C. José (37—50)
5. Observações: a) As
genealogias dos hebreus nem sempre são completas, pois mencionam só os nomes
dos personagens destacados, omitindo amiúde pessoas de pequena importância.
Por exemplo, parece que Moisés é bisneto de Levi, segundo a genealogia de Êxodo
6:16-24, embora houvesse aí um período intermediário de 430 anos (Êxodo 12:40).
Usa-se também, às vezes, o termo "filho" para dar a entender
"descendente" (a Jesus se chama "filho de Davi", isto é,
descendente do rei Davi). De modo que não se pode datar os acontecimentos
registrados nos capítulos 1—11 do Gênesis somando os anos das genealogias,
visto ser provável que nelas existam vazios de longos períodos de tempo.
b) Parece que algumas passagens do Gênesis não estão em ordem
cronológica. Por exemplo: o capítulo 11 relata a história da torre de Babel,
mas é possível que, de acordo com sua verdadeira situação cronológica,
corresponda ao capítulo 10, uma vez que explica o porquê da dispersão dos
povos. Também, muitos estudiosos discutem a cronologia bíblica do incidente em
que Abraão negou, perante
Abimeleque, que Sara fosse sua mulher (Gênesis 20). Pode
supor-se que tivesse ocorrido muitos anos antes, pois à época do capítulo 20,
Sara teria noventa anos e é improvável que nessa idade ela ainda fosse atraente
ao sexo oposto. A falta de ordem cronológica não detrai em nada a veracidade
dos incidentes, pois escritores modernos fazem uso de tal técnica. Depois de
contar a história geral de um episódio, muitas vezes relatam um incidente de
interesse não incluído em sua descrição, ou ampliam uma parte já narrada para
dar algum enfoque adicional.
I. HISTÓRIA PRIMITIVA Capítulos I —11 A. A criação. Capítulos I e 2
1. O Criador: Qual
é a idéia mais importante que encontramos no relato da criação? Não é a
descrição do processo de criar, nem a dos detalhes acerca do homem, por mais
interessantes que sejam.
A figura de Deus domina o primeiro capítulo da Bíblia. Seu nome aparece
trinta e cinco vezes nos trinta e quatro versículos. O termo traduzido por Deus
é Elohim, forma plural. Não obstante, quando se faz referência a Deus,
sempre se usa o verbo no singular, o que nos indica que Deus é uno. No idioma
hebraico, a forma plural às vezes expressa intensidade ou plenitude. Por isso,
a palavra Elohim indica sua majestade, poder infinito e excelência. Ele
possui completamente todas as perfeições divinas.
Capítulo 1
Criação do mundo. Adão e Eva desobedecem à ordem de Deus, e Ele
os expulsa do paraíso terrestre.
1. Gênesis 1. No princípio,
Deus criou o céu e a Terra, mas a Terra não era visível porque estava coberta
de trevas espessas, e o Espírito de Deus adejava por cima dela. Deus ordenou em
seguida que se fizesse a luz, e a luz apareceu imediatamente. Depois de ter
considerado essa massa, Deus separou a luz das trevas. Às trevas chamou noite,
e à luz, dia, dando ao começo do dia o nome de manhã, e ao fim, o de tarde.
No segundo dia, Deus criou o céu,
separou-o de todo o resto e colocou-o por cima, como sendo o mais nobre.
Rodeou-o de cristal e temperou-o com umidade própria para formar as chuvas que
regam docemente a terra, para torná-la fecunda. No terceiro dia, tornou fixa a
terra, rodeou-a pelo mar e fê-la produzir as plantas com as suas respectivas
sementes. No quarto dia, criou o Sol, a Lua e os outros astros e colocou-os no
céu para lhe serem o ornamento principal. Regulou de tal maneira os seus
movimentos e o seu curso que eles determinam claramente as estações e as
revoluções do ano. No quinto dia, criou os peixes que nadam na água e os
pássaros que voam no ar e quis que formassem casais, a fim de crescerem e se
multiplicarem, cada um segundo a sua espécie. No sexto dia, criou os animais
terrestres e distinguiu-os em sexos diversos, fazendo-os macho e fêmea. E,
nesse mesmo dia, criou também o homem. Assim, segundo o que refere Moisés, Deus
criou em seis dias o mundo e
todas as coisas que nele existem.
No sétimo dia, Ele descansou e deixou de trabalhar as grandes obras da criação
do mundo: é por esse motivo que não trabalhamos nesse dia e lhe damos o nome de
sábado, que em nossa língua quer dizer "descanso".
2.
Gênesis 2. Moisés fala ainda mais particularmente
da criação do homem. Ele diz que Deus tomou pó da terra, fez o homem e, com a
alma, inspirou nele o espírito e a vida. Ele acrescenta que esse homem foi
chamado Adão, que em hebreu significa "ruivo", porque a terra de que
ele foi formado era dessa cor, que é a cor da terra natural e a qual se pode
chamar virgem.
Deus mandou vir os animais, tanto os
machos quanto as fêmeas, para diante de Adão, e este, o primeiro de todos os
homens, deu-lhes os nomes que conservam ainda hoje.
3.
Deus, vendo que Adão estava sozinho, enquanto os outros animais tinham
cada qual uma companheira, quis também dar-lhe uma consorte. Para isso, quando
ele estava adormecido, tirou-lhe uma das costelas, da qual formou a mulher. E,
logo que Adão a viu, percebeu que ela havia sido tirada dele e que era parte
dele mesmo. Os hebreus dão à mulher o nome de Issa, e a que foi a primeira de
todas chamou-se Eva, isto é, "mãe de todos os viventes".
4.
Moisés narra em seguida como Deus plantou do lado do oriente um
delicioso jardim, que cumulou de todas as espécies de plantas, entre elas, duas
árvores, uma das quais era a árvore da vida, e a outra, a da ciência, que
ensinava a discernir o bem do mal. Ele colocou Adão e Eva nesse jardim e mandou
que cultivassem as plantas. O jardim era regado por um grande rio, que o
rodeava completamente e se dividia em quatro outros rios. O primeiro desses
rios, chamado Pisom, que significa "plenitude" e ao qual os gregos
chamam Canges, corre para a índia e desemboca no mar. O segundo, que se chama
Eufrates e Fora, em nossa língua, significa "dispersão" ou
"flor", e o terceiro, a que chamam Tigre ou Diglath, que significa
"estreito e rápido", ambos desembocam no mar Vermelho. O quarto, de
nome Giom, que significa "que vem do oriente", é chamado Nilo pelos
gregos e atravessa todo o Egito.
5. Deus ordenou a Adão e Eva que
comessem de todos os frutos, mas lhes proibiu de tocar no da ciência,
alertando-os de que morreriam se o comessem. Havia então perfeita harmonia
entre todos os animais, e a serpente estava muito acostumada com Adão e Eva.
Mas como a sua malícia a fizesse invejar a felicidade de que ambos desfrutariam
se observassem a ordem de Deus e julgasse ela que, ao contrário, eles seriam
vítimas de todas as desgraças se desobedecessem, tratou de persuadir Eva a comer do fruto proibido. Para melhor
induzi-la, disse-lhe que o fruto continha uma virtude secreta, que dava
o conhecimento do bem e do mal, e que se ela e o marido comessem dele, seriam
tão felizes quanto Deus. Assim, a serpente enganou a mulher, e esta desprezou
a ordem divina: comeu o fruto, alegrou-se por tê-lo feito e induziu Adão a
comê-lo também. Ora, como era verdade que o fruto dava grandíssimo discernimento,
eles logo perceberam que estavam nus e sentiram vergonha. Então tomaram folhas
de figueira para se cobrir, julgando-se mais felizes do que antes, porque agora
conheciam o que até ali haviam ignorado.
Deus entrou no jardim, e Adão, que
antes do pecado conversava familiarmente com Ele, não ousou apresentar-se, por
causa da falta que havia cometido. Deus perguntou-lhe por que, em vez de
sentir prazer em se aproximar dEle, estava fugindo e se escondendo. Como Adão
não soubesse o que responder, porque se sentia culpado, Deus lhe disse:
"Eu vos havia provido de tudo o que poderíeis desejar para viver sem penas
e com prazer uma vida isenta de qualquer cuidado, que teria sido ao mesmo tempo
muito longa e feliz. Mas vós vos opusestes ao meu desígnio, desprezastes a
minha ordem e não é por respeito que vos calais, mas porque a vossa
consciência vos acusa". Adão, então, fez o que podia para se desculpar,
pediu a Deus que lhe perdoasse e lançou a sua falta sobre a mulher, que o
enganara e fora a causa de seu pecado. Ela, por sua vez, alegou que a serpente
a havia enganado. Por isso Deus, para castigar Adão por assim se ter deixado
vencer, declarou que a terra não produziria mais frutos, a não ser para aqueles
que a cultivassem com o suor do rosto, e mesmo assim não daria tudo o que dela
se poderia desejar. Castigou também Eva, estabelecendo que, por se haver
deixado enganar pela serpente e atraído todos aqueles males sobre o marido,
ela teria filhos com dor e sofrimento. E, para castigar a serpente pela sua
malícia, condenou-a a rastejar pela terra, declarando que ela seria inimiga do
homem. Depois que Deus impôs a todos o devido castigo, expulsou Adão e Eva
daquele jardim de delícias.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
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