quinta-feira, 23 de junho de 2011

Vença através do Perdão

Compreendendo alguns aspectos do perdão Dicionário - per.do.ar: v. 1. Tr. ind. e intr. Conceder perdão a. 2. Tr. dir. Absorver, remitir (culpa, dívida, pena etc.); desculpar. 3. Pron. Poupar-se Texto: Mt 18 21-35 (Colossenses 3:13) - Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. (Efésios 4:32) - Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. 1. O que não é o perdão 1.1 Perdoar é esquecer "A mente humana é capaz de registrar 800 recordações por segundo durante 75 cinco anos sem falhar" "Por isso é necessário fazer-se distinção entre esquecimento emocional e mental. Lembrar da ofensa de tal modo que ela continue a afetar o relacionamento emocional não é perdoar." (Hebreus 8:12) - Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais. 1.2 Perdão não é sentimento (Colossenses 3:13) - Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. "Perdão é um ato de fé baseado na ordem de Deus" 1.3 Perdoar não é voltar ao passado Sempre que voltamos a pensar no que aconteceu, continuamos alimentando um ressentimento, uma amargura. Trazer o passado de volta é uma força destrutiva porque: 1.3.1 Não há nada que se possa fazer para mudar algo que já aconteceu. 1.3.2 Guardar a culpa tira nossa energia de viver (Salmos 32:1) - BEM-AVENTURADO aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. (Salmos 32:2) - Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. (Salmos 32:3) - Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. (Salmos 32:4) - Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.) (Salmos 32:5) - Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.) 1.3.3 Não desligar do passado e prosseguir tentando fingir que nada aconteceu, é falta de entendimento sobre o perdão de Deus em nossas vidas. Há pessoas que estão sendo destruídas pelo passado. 1.4 Perdão sem exigências Perdão não é exigir mudanças, por parte da outra pessoa, antes de nosso perdão. Jesus perdoou mesmo sabendo de antemão que seria humilhado e ferido por nós. (Lucas 6:31) - E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. "Quando exigimos mudanças na vida de outra pessoa, nos colocamos no papel de juiz". 2. O que é o perdão 2.1 A dificuldade do perdão Creio que umas das coisas mais difíceis da vida cristã é perdoar, especialmente quando fomos profundamente feridos.Mas mesmo assim é isto que Deus quer.Você já meditou atentamente no quando custou para Deus perdoar a você e a mim? Custou a vida de seu único filho! Que alto preço! Perdoar vai custar seu orgulho. É não exigir seus direitos. É não vingar. Na realidade, é deixar a pessoa livre, nada devendo. É não querer que a pessoa pague pelo seu pecado. 2.2 Perdão e ação. É dar amor quando ela espera ódio. É dar compreensão quando espera raiva, vingança. É recusar buscar sua própria vontade. Para que haja esta reação é preciso tempo, é preciso que o Espírito Santo faça uma obra de restauração no coração e nos preencha das graças de nosso maravilhoso Deus 2.3 Perdoar é substituir (II Corintios 5:21) - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. (Jesus substituiu literalmente, toda nossa transgressão para que fossemos feitos justiça de Deus e não nossa) Conclusão: • Deus quer que você perdoe quem o feriu. (Efésios 4:32) - Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. (Colossenses 3:13) - Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também; • Deus não permitirá que isso o destrua, bem como seu potencial, seus dons, suas habilidades e sua vida. Isto se você responder positivamente e obedientemente ao ato de perdoar; • O Senhor é capaz de usar algo muito triste do nosso passado para á gloria Dele. Ele é capaz de transformar tudo que ocorreu, de maneira que redunde em bem para nossa vida, para o outro e para qualquer pessoa envolvida; • As conseqüências de não perdoar serão desastrosas; (Salmos 32:1) - BEM-AVENTURADO aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. (Salmos 32:2) - Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. (Salmos 32:3) - Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. (Salmos 32:4) - Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.) (Salmos 32:5) - Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.)

sábado, 11 de junho de 2011

sobre a doença de kawasaki

DOENÇA DE KAWASAKI
Esta doença foi descrita, em 1967, por um pediatra japonês, chamado Tomisaku Kawasaki. Ele descreveu um grupo de crianças com febre, manchas na pele, conjuntivite, vermelhidão da garganta e da boca, inchaço das mãos e pés e inchaço nos gânglios linfáticos (ínguas) no pescoço, e inicialmente chamou-lhe síndrome muco (mucosas da boca e olhos alteradas) - cutâneo (alterações da pele) ganglionar (aumento dos gânglios linfáticos do pescoço). Alguns anos mais tarde, incluíram-se neste grupo de sintomas complicações cardíacas, tais como aneurismas (dilatação dos vasos sanguíneos) das artérias coronárias.
O que é?
A doença de Kawasaki é uma vasculite sistêmica aguda, o que significa que existe uma inflamação das paredes dos vasos sanguíneos, que pode evoluir para dilatação (aneurismas), principalmente, das artérias coronárias (os vasos que fornecem sangue ao coração). Porém, nem todas as crianças com esta doença irão desenvolver aneurismas. A maioria terá sintomas agudos e transitórios, mas sem complicações.
É uma doença comum?
A doença de Kawasaki é uma doença rara, no entanto é uma das formas mais comuns de vasculite na infância. É quase exclusivamente uma doença de crianças pequenas. Cerca de 80 em 100 pacientes (80%) têm menos de cinco anos. É ligeiramente mais frequente nos meninos do que nas meninas Apesar da doença de Kawasaki ser diagnosticada ao longo de todo o ano, podem ocorrer algumas variações, com um aumento de casos no final do inverno e da primavera nos países de clima temperado. É mais comum nas crianças japonesas, mas há casos descritos em todo o mundo.
Quais são as causas da doença?
A causa da doença de Kawasaki é incerta, embora se suspeite que haja uma origem infecciosa. Em certos indivíduos predispostos geneticamente, há reações anormais, provavelmente, causados por um agente infeccioso (alguns vírus ou bactérias), podendo iniciar uma inflamação e danos nos vasos sanguíneos.
É hereditária? Porque é que o meu filho(a) tem esta doença? Pode ser prevenida? É contagiosa?
A doença de Kawasaki não é hereditária, porém, suspeita-se que haja uma predisposição genética. É muito raro haver mais do que um membro da família com esta doença. Além disso, não é contagiosa nem pode ser prevenida. É possível, embora raro, acontecer um segundo episódio da doença, na mesma pessoa
Quais são os principais sintomas?
A doença começa com febre alta, para a qual não há razão aparente, durante pelo menos cinco dias e a criança fica muito irritada. A febre pode ser acompanhada ou seguida de uma conjuntivite (vermelhidão do olho), sem pus nem secreções.
A criança pode ter vários tipos de irritação da pele, semelhantes aosarampo, escarlatina, urticária, etc. A irritação da pele afeta, principalmente, o tronco, as extremidades e a área das fraldas.
Verificam-se alterações na boca, que podem ser lábios muito vermelhos e rachados, língua vermelha, chamada de língua “em morango”, e vermelhidão na faringe.
As mãos e os pés também podem inchar e haver vermelhidão das palmas das mãos e dos pés. Estes sintomas são seguidos (por volta da segunda ou terceira semana) por uma descamação característica, na ponta dos dedos das mãos e dos pés.
Mais de metade dos pacientes apresenta um inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço, chegando a medir, pelo menos 1,5 cm.
Às vezes, outros sintomas como inchaço ou dor nas articulações, dor abdominal, diarreia, irritabilidade, dores de cabeça, entre outros, podem ser registrados.
O envolvimento do coração pode ser a manifestação mais grave da doença de Kawasaki, uma vez que podem surgir complicações a longo prazo. Sopros cardíacos, arritmias ou alterações identificadas por meio do ecocardiograma, podem ser detectadas. No coração, a inflamação pode causar diferentes problemas, como pericardite (inflamação da membrana que envolve o coração), miocardite (inflamação do músculo do coração) e alguns problemas nas válvulas. Porém, a principal característica desta doença é o desenvolvimento dos aneurismas nas coronárias.
A doença é igual em todas as crianças?
A gravidade da doença varia de criança para criança. Nem todos os pacientes têm todas as manifestações clínicas e a maioria não terá complicações cardíacas. Apenas 2 em cada 100 crianças com a doença de Kawasaki desenvolvem aneurismas.
É frequente que bebês (com menos de um ano de idade) apresentem formas incompletas da doença, o que significa que elas não apresentam todas as manifestações clínicas típicas, tornando o diagnóstico mais difícil. Algumas destas crianças podem desenvolver aneurismas.
A doença na criança é diferente da doença dos adultos?
Esta é uma doença típicamente infantil. Poderá haver formas semelhantes desta vasculite em adultos, mas com apresentação diferente.
Como é que é diagnosticada?
Pode-se fazer um diagnóstico definitivo se houver, durante pelo menos cinco dias, febre sem causa aparente e se esta for acompanhada de pelo menos 4 destas 5 características: conjuntivite bilateral, inchaço de gânglios linfáticos, irritação da pele, vermelhidão da boca e da língua e alterações nas extremidades. Para se fazer um diagnóstico definitivo é importante que se conclua que estes sintomas não são indicadores de outra doença.
Se um diagnóstico definitivo não for possível, deverá ser considerada uma forma incompleta da doença.
Qual é a importância dos exames?
Não há resultados laboratoriais específicos para esta doença, no entanto eles refletem o grau de inflamação. São indicadores de inflamação: a velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada frequentemente mais elevada do que em doenças semelhantes, aumento dos glóbulos brancos e das plaquetas e a anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos .
Os pacientes devem fazer, periodicamente, exames de sangue até que os valores encontrados voltem ao normal.
O eletrocardiograma (ECG) e o ecocardiograma devem ser feitos logo na fase inicial da doença. O ecocardiograma pode detectar aneurismas, uma vez que consegue avaliar a forma e o tamanho das artérias coronárias. No caso de uma criança com problemas nas coronárias, são necessários estudos e avaliações adicionais.
Pode ser tratada/curada?
A maioria das crianças com doença de Kawasaki pode ser curada, no entanto, e apesar de fazerem o tratamento adequado, alguns pacientes desenvolvem complicações cardíacas. A doença não pode ser prevenida, mas a melhor maneira de diminuir as complicações cardíacas é fazer um diagnóstico o mais cedo possível e começar um tratamento rapidamente.
Quais são os tratamentos?
Uma criança com doença ou indícios da doença de Kawasaki deve ser hospitalizada para observação e controle de eventuais problemas cardíacos.
Para diminuir o risco de complicações cardíacas, o tratamento deve ser iniciado logo que o diagnóstico seja feito. O tratamento consiste em aspirina ou gamaglobulina intravenosa, ambas em doses altas. Ambos os tratamentos farão com que a inflamação diminua e os sintomas agudos desapareçam. A dose alta de gamaglobulina intravenosa é uma parte essencial do tratamento já que vai prevenir, em grande parte dos pacientes, a ocorrência de de aneurismas. Os corticosteróides também podem ser indicados, embora menos frequentemente.
Quais são os efeitos secundários dos medicamentos?
O tratamento com gamaglobulina é, normalmente, bem tolerado. É conhecido que o tratamento com aspirina pode causar intolerância gástrica, bem como uma alteração temporária das enzimas do fígado.
Quanto tempo deve durar o tratamento?
Na maioria dos pacientes, a dose total de gamaglobulina é dada em uma única vez, embora, às vezes, seja necessário administrá-la uma segunda vez.
Inicialmente, as doses altas de aspirina deverão ser administradas, até a febre desaparecer, e depois deve ser reduzida. A dose baixa de aspirina é mantida porque evita que se formem trombos nos vasos sanguíneos. É necessário prevenir a formação dos trombos (coágulos de sangue) dentro dos aneurismas, uma vez que poderão causar um enfarte cardíaco, a complicação mais perigosa da doença de Kawasaki.
Uma criança sem aneurismas tomará aspirina durante algumas semanas, mas crianças com aneurismas deverão tomá-la durante mais tempo.
E quanto a terapias não convencionais/complementares?
Nesta doença não se devem fazer tratamentos não convencionais.
Que tipo de check-ups periódicos são necessários?
Os indivíduos com a doença de Kawasaki deverão fazer regularmente exames de sangue, como o hemograma e a velocidade de hemossedimentação (VHS) , até que voltem ao normal.
São necessários ecocardiogramas sequenciais para avaliar a presença de aneurismas coronários e seguir o seu curso; a frequência com que devem ser feitos depende da presença e do tamanho do aneurisma. A maioria dos aneurismas desaparece.
O pediatra, o cardiologista pediátrico e o reumatologista pediátrico devem seguir estas crianças. Quando não há reumatologista pediátrico, o pediatra, juntamente com o cardiologista, deverá seguir estes pacientes, especialmente aqueles que tiverem problemas de coração.
Quanto tempo se manterá a doença?
A doença de Kawasaki tem três fases: 1) aguda, que inclui as duas primeiras semanas com presença de febre e dos outros sintomas; 2) sub-aguda, da segunda à quarta semana, período no qual a quantidade das plaquetas começa a aumentar e os aneurismas aparecem; 3) a fase da recuperação/remissão, que vai do primeiro ao terceiro mês, quando os exames laboratoriais voltam ao normal e se resolvem ou diminuem as deficiências nos vasos sanguíneos (aneurismas das artérias coronárias).

Qual é a evolução a longo prazo da doença (prognóstico)?
Para a maioria dos pacientes, o prognóstico é excelente, uma vez que poderão levar uma vida normal, com um crescimento e um desenvolvimento normais.
O prognóstico dos pacientes com deficiências persistentes das artérias coronárias depende sobretudo do desenvolvimento de estenoses e oclusões (estreitamento do vaso sanguíneo devido à formação de coágulos sanguíneos).
Há recomendações para a vida diária? As crianças podem praticar esportes ? As crianças podem ser vacinadas?
Não se aconselha a vacinação de pacientes por um período de 3 a 6 meses, uma vez que a doença e o tratamento com a gamaglobulina afeta o sistema imunitário e este efeito pode durar até 6 meses.
As crianças que não tiveram quaisquer complicações cardíacas não terão qualquer restrição quanto à prática de esportes ou de outras atividades do dia-a-dia. Porém, as crianças com aneurismas coronários deverão consultar um cardiologista pediátrico, caso na adolescência queiram praticar atividades desportivas, quer sejam ou não competitivas.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Perdoar ou Reter Perdão

 “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus:Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.(Mateus 18.21-35)  

Se você está fazendo as contas para saber quantas vezes deve perdoar alguém, é melhor parar. Pedro estava sendo muito generoso ao sugerir que estaria disposto a perdoar alguém até sete vezes. Contudo, Pedro entende o perdão a partir da perspectiva da lei. Pedro está pedindo uma lei a Jesus: “Senhor, estabeleça um critério para o perdão”. Jesus então conta a parábola do “credor incompassível” para explicar a Pedro como o perdão pode ser entendido a partir da perspectiva da graça. (Mateus 18. 23-35). Em nossa vida sempre seremos atingidos, magoados e decepcionados. A questão, portanto, não é como passar pela vida e não sermos vítimas do ódio, mas se vamos retê-lo ou liberar o perdão. A parábola que Jesus nos conta traz lições práticas para entendermos o perdão. 
 
1) QUEM NÃO COMPREENDE O PERDÃO QUE DEUS CONCEDE, NUNCA APRENDERÁ A PERDOAR.

A parábola nos conta sobre um homem que fora perdoado de uma dívida impagável, mas não conseguiu perdoar uma dívida insignificante. Quando lemos o texto, somos tomados de um sentimento de insatisfação em relação à atitude deste “CREDOR INCOMPASSÍVEL”. "Como alguém que sendo perdoado de uma dívida de 2 milhões de dólares pode ser tão mesquinho e mandar para cadeia alguém que lhe deve tão somente 100 reais?". Ao lermos a parábola percebemos que este homem foi perdoado, mas ele não entendeu o perdão. No momento que ele chega diante do rei não pede misericórdia, e, sim, justiça. Ele diz: “TENHA PACIÊNCIA COMIGO E TE PAGAREI TUDO”. Quem acha que seus méritos podem comprar o perdão de Deus sempre exigirá que outros comprem também o seu perdão. Não há lugar para misericórdia quando não nos reconhecemos incapazes de saldar a dívida. Quem não compreende que o perdão de Deus é fruto de sua misericórdia, e não pela retidão dos meus atos, nunca irá perdoar aos outros de forma genuína.

2) O QUE DE GRAÇA RECEBEMOS, DE GRAÇA DEVEMOS DAR!

A chave para o verdadeiro perdão é deixar de focalizar o que outros nos fizeram, e começar então a olhar para aquilo que Deus fez e faz por nós. Diante da atitude do “credor incompassível” em não perdoar a pequena divida de seu conservo, o rei, que o havia perdoado da dívida impagável, disse: “Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (Mt. 18.32-33). O perdão que gratuitamente recebemos de Deus, gratuitamente somos desafiados a liberar aos outros. Somos vítimas de amigos que quebram suas promessas, de patrões que não mantêm suas decisões, somos enganados pelas palavras doces, mas que escondem o veneno amargo do egoísmo, somos rejeitados, maltratados... Antes, contudo, de irmos à desforra precisamos ser honestos e reconhecer que também falhamos com as outras pessoas; e não somente isto: falhamos com Deus! E como o Senhor nos trata? “Se confessarmos nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1João 1.9) 

3) QUEM NÃO LIBERA O PERDÃO TORNA-SE VÍTIMA DO PRÓPRIO ÓDIO

A parábola termina com o veredicto do rei em relação à atitude do “credor incompassível”: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos torturadores, até que lhe pagasse toda a dívida”. A maior tortura que aquele que não libera perdão pode sofrer é tornar-se vítima do próprio ódio. Aquele que retém o ódio ao invés de liberar perdão acaba se tornando prisioneiro da raiva, da culpa, da vingança e melancolia. 

“SENHOR, ATÉ QUANTAS VEZES MEU IRMÃO PECARÁ CONTRA MIM, QUE EU LHE PERDOE?”. “DEPENDE, PEDRO! SE VOCÊ QUISER USAR A LEI, PELA LEI VOCÊ TAMBÉM SERÁ JULGADO. MAS SE VOCÊ USAR DA GRAÇA QUE DEUS LHE CONCEDE, PELA GRAÇA É QUE SERÁ JULGADO. A DECISÃO DE PERDOAR É SUA, PEDRO. VOCÊ PODE RETER O ÓDIO, ESPERANDO JUSTIÇA, OU LIBERAR GRATUITAMENTE O PERDÃO, POR ENTENDER QUE FOI PELA GRAÇA QUE VOCÊ FOI PERDOADO PELO PAI. MAS SE LEMBRE PEDRO: COMO VOCÊ LIDA COM OS OUTROS, RETENDO O ÓDIO OU LIBERANDO PERDÃO, É QUE VAI MANIFESTAR COMO VOCÊ COMPREENDE SUA RELAÇÃO COM DEUS E COMO VOCÊ ESPERA QUE DEUS TRATE SUAS PRÓPRIAS FALHAS”.

Que Deus nos abençoe e nos ensine a liberar o perdão que gratuitamente recebemos de Deus!